sexta-feira, 10 de julho de 2015

Séries para degustação: maratona de férias

Por Dora Carvalho

Meus amigos sempre me perguntam quais séries estou assistindo e me pedem dicas das que eu já vi. Adoro ver séries com temporadas curtas, com menos de 15 episódios, possíveis de serem vistas em uma maratona de feriado prolongado ou agora nas férias de julho. O difícil é quando a temporada termina e ficamos com gostinho de quero mais. Os títulos escolhidos para este post não são novos, porém, se encaixam bem para quem quer ver algo rápido. E todas são baseadas em livros, então, há a possibilidade de ler a história original.


Três séries me causaram essa sensação de quero mais. A primeira delas foi Under the Dome, baseada em livro homônimo do Stephen King. O primeiro episódio já nos prende a atenção. A pacata cidade de Chester’s Mill, no Maine, misteriosamente, é recoberta por uma imensa cúpula transparente que a divide do resto do mundo. A série tem duas temporadas de 13 episódios cada uma, disponíveis para assinantes do Netflix e já foi transmitida pela TV aberta. Tão interessante quanto o mistério do domo invisível, é perceber a transformação do comportamento dos habitantes que, após ficarem isolados do restante do País, formam um microcosmos do que são as relações humanas nos dias de hoje: a busca pelo poder político e econômico, mesmo que em detrimento do bem comum.


Outra série com enredo tão sinistro quanto é Resurrection. Estou falando da versão americana baseada no livro de Jason Mott, porém, há uma produção francesa e outra do Netflix com enredos bem parecidos. Os habitantes da pequena cidade de Arcadia, no Missouri, começam a receber de volta seus entes mortos de forma inexplicável. Pessoas que “passaram dessa para uma melhor” há 30, 50…100 anos atrás reaparecem do nada, como se tivessem apenas dormido algumas horas, vestindo as mesmas roupas que foram sepultadas. O primeiro a reaparecer é o pequeno Jacob (crianças nessas situações sinistras sempre dão um mistério maior em tramas sobrenaturais). O menino ressurge em um arrozal na China e é levado para casa pelas autoridades do FBI, que inicia um processo simples de entrega de um suposto orfão à família. Lá, o agente de imigração J. Martin Bellamy, interpretado por Omar Epps, se depara com o impossível e ele mesmo parece ser a figura central desse mistério.






O seriado Sleepy Hollow é para quem gosta de fantasia com uma pitada de história. Sou apaixonada pelo filme Sleepy Hollow - A lenda do cavaleiro sem cabeça (1999), de Tim Burton, então, quando vi essa série, logo fiquei interessada, mas demorei muito para conseguir ver. Adorei tanto quanto o filme, principalmente por atualizar a trama para os dias de hoje e brincar com o passado e presente, através da figura do personagem Ichabod Crane. Vivido pelo ator britânico Tom Mison (excelente no papel, com um toque de humor tipicamente inglês), Crane é um soldado morto em batalha no ano de 1781, durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos. Mas é envolto de um feitiço que o faz levantar nos tempos de hoje na cidade de Sleepy Hollow. O problema é que o cavaleiro sem cabeça ressurge junto com Crane que, junto com a tenente Abbie Mills (Nicole Beharie), começa a investigar uma série de decapitações no condado. O enredo mostra alguns mistérios da maçonaria e brinca com a história norte-americana, dando respostas divertidas para alguns fatos históricos, que supostamente teriam fortes conexões com bruxaria. A trama é baseada no conto de Washington Irving – A lenda de Sleepy Hollow – publicado dentro do livro “The Sketch Book of Geoffrey Crayon”, de 1820.






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