domingo, 3 de dezembro de 2017

Assassinato no Expresso do Oriente: elenco soberbo

Por Dora Carvalho

Poucos diretores têm a chance de reunir em um único longa um elenco estrelado como o de Assassinato no Expresso do Oriente. A adaptação do romance da escritora inglesa Agatha Christie desta vez é dirigida por Kenneth Branagh, que também faz o famoso detetive belga Hercule Poirot.
Esta é a segunda mais importante adaptação do livro para a tela grande. A primeira, de 1974, e dirigida por Sidney Lumet, também reunia nomes estrelados como Lauren Bacall, Sean Connery, Vanessa Redgrave, Jacqueline Bisset e Anthony Perkins.
Branagh, nesta versão, conseguiu reunir Michelle Pfeiffer, Johnny Depp, Daisy Ridley (a atriz sensação do momento de Star Wars), Penelope Cruz, Willem Defoe e Judi Dench. Nada menos que perfeitos em seus papéis, já que o texto exigia deles um grau de dissimulação, própria dos romances de Agatha Christie, para ludibriar o expectador.
O livro Assassinato no Expresso do Oriente foi publicado em 1934 por Agatha Christie e só no primeiro ano de lançamento vendeu 3 milhões de cópias. Na maior parte das listas dos melhores livros da escritora, figura em primeiro lugar na preferência dos fãs. Agatha Christie é uma das mais importantes escritoras do gênero policial e as adaptações das obras, seja para o teatro ou para as telas (TV e cinema) sempre é garantia de sucesso.
Não à toa, criou-se uma grande expectativa em torno do filme, ainda mais com a direção de Branagh. E não decepciona, já que o diretor costuma ser fiel às obras literárias nas diversas adaptações que dirigiu e atuou ao longo da carreira. Com um custo de US$ 55 milhões, o longa ja faturou US$ 200 milhões desde a estreia.
O enredo é bem típico das obras da Agatha Christie. Em uma longa viagem de trem a partir de Istambul, o trem de luxo Expresso do Oriente, parte da capital turca com destino a Londres e, no vagão da primeira classe, um assassinato assusta os nobres viajantes. O famoso detetive belga Hercule Poirot fica então encarregado de desvendar o caso. A face nobre dos ocupantes do luxuoso vagão começa a cair e o expectador mergulha na mente do detetive para descobrir o culpado.
O que se destaca no filme é a produção esmerada. Desde as primeiras cenas em Jerusalém, com uma fotografia explêndida, até às cenas nas montanhas geladas, por onde percorre o expresso, e a elegância das ambientações do antigo trem.

É um filme correto, bem executado e puro entretenimento, principalmente para quem está buscando algo além de pancadaria, explosões e filmes de super-heróis. E o melhor: um clássico detetive de dramas policiais, com um toque de humor e um jeito sabichão.




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