Por Vilma Pavani
O título acima vem de uma frase dita mais de
uma vez por Arnold Schwarzenegger em seu novo filme, O exterminador
do futuro – Gênesis (2015), que está estourando nas bilheterias nacionais e
internacionais. E além de se juntar a outros slogans que prometem ficar (tal
como “I’ll be back” ou “Hasta la vista””), é uma descrição perfeita desse
brutamontes que no último dia 30 de julho fez 67 anos. Nascido na
Áustria, Schwarzenegger, ator que beira o abaixo da crítica, é um
ex-fisiculturista, cinco vezes Mister Universo, ator, empresário e político–
foi o 38º governador do estado da Califórnia, eleito em 2003. Além
do mais, burro é que não é mesmo: li certa vez que ele colecionava obras de
arte e quando lhe perguntavam porque não investir em ativos financeiros,
respondeu algo assim: “É muito mais agradável olhar para meu
dinheiro e usufruir dele pendurado nas paredes”. Virei fã de carteirinha.
Recentemente,
o ator esteve no Brasil para divulgar
o novo fime e fez uma promessa durante entrevista ao G1: atuará em filmes de ação “até
morrer”. O exterminador do futuro – Gênesis, seu
quarto como o cyborg que protagoniza a franquia, está nos cinemas brasileiros e
quem for vê-lo notará que está em ótima condição física,
e lembrem que sua primeira vez no pape foi há 30 anos!
Foram três filmes na
sequência (ele só não atuou em um deles, porque estava ocupado governando a
Califórnia, para o bem ou para o mal). Ao todo, a franquia arrecadou até hoje
mais de US$ 1 bilhão em bilheteria. OK, o filme tinha a ótima direção de James
Cameron (o competente mas chato diretor de Titanic e Avatar), mas aposto todos
os meus milhões de dólares que sem Arnold a coisa não teria ido tão longe. O
jeito canastrão, a cara de robô inexpressivo, a grandeza de não tentar “atuar”
(a pior coisa do mundo é ator ruim tentando parecer bom – vide
Sylvester Stallone) e um quase inexplicável carisma atraem o público feito
água.
Bom, até agora não abri
o bico sobre o novo filme, que fui ver no fim de semana passado. Mas me poupem,
não me digam que alguém quer mesmo saber o que a a crítica pensa do filme. O
negócio é sentar numa boa cadeira (de preferência no Shopping Vila Olímpia, com
aquele espaços enormes entre os ocupantes, de forma que você não
ouve bem o que os babacas ao seu lado comentam), esticar as pernas e se
divertir, com as caras e olhares tortos do cyborg , com algumas piadinhas
irresistíveis. Se os outros atores estão bem? Sei lá, quem vai prestar atenção
numa mocinha boboca e num rapagão esforçado? Queremos é ver Mr Arnold em cena!
Velho, sim, mas não obsoleto, oras.
Voltemos, pois, à
carreira incrível desse cara, que começou a se destacar em 1977 com o documentário sobre o concurso de Mr. Universo, O
Homem dos Músculos de Aço. Em 1982, ganhou sua chance no filme Conan - O
Bárbaro (em que tem meia dúzia de falas, bem ruins aliás, mas
faturou mais de 100 milhões de dólares e gerou a sequência Conan - O
Destruidor). Veio então O Exterminador do Futuro e o resto é história. Fez um
monte de filmes de ação: Comando para Matar, Predador, Inferno Vermelho, O
vingador do Futuro etc etc (com muita porcaria no meio deles) e até
comédias, como Um Tira no Jardim de Infância e Irmãos Gêmeos, além do delicioso
True Lies, com a fantástica Jamie Lee Curtis. Dizem que fez também um filme de
zumbis, mas este eu não vi, que afinal não sou cyborg.
Na coluna anterior, eu estava meio chateada
com a situação dos nossos velhos (inclusive a minha) e temo ter sido um pouco
amarga. Quando penso em Arnold Schwarzenegger , ou na série
Grace and Frankie, reconsidero. E lembro o velho chavão sobre certos
vinhos, que ficam bem melhores com o tempo. Viva a veiarada que sabe se
atualizar!
O Exterminador do Futuro: Gênesis - 2h06 (2015)
Direção: Alan Taylor
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