Por Dora Carvalho
O ator
Colin Firth passeia pelo drama, comédia, ação, aventura com a mesma
desenvoltura e elegância dos atores de antigamente. Desde que atingiu o
estrelato no papel de Mark Darcy em O Diário de Bridget Jones, em 2001, não tem
um ano em que o ator não esteja estrelando um longa, seja um blockbuster ou uma
produção do circuito independente.
O fato é
que mesmo antes do estrelato, em 1995, na BBC, Firth já mostrava que a carreira
seria longa, após o sucesso como Mr. Darcy na série televisiva Orgulho e
Preconceito (1995). À
época, acabou sendo considerado a personificação perfeita do personagem do
romance de Jane Austen. Não à toa, quando o livro O diário de Bridget Jones foi
adaptado para a telona, logo o nome de Colin Firth veio à tona para interpretar
Mark Darcy ao lado da protagonista da história, já que o romance é uma versão
satírica de Helen Fielding para o clássico da literatura britânica. Bridget
Jones é uma anti-heróina dos nossos tempos que se apaixona pelo sisudo e rico
Mark Darcy, assim como Lizzy Bennet e Mr. Darcy em Orgulho e Preconceito.
De lá para
cá, a comédia romântica é sucesso de público e ganha uma terceira história.
Desta vez, Bridget e Mark Darcy tem de lidar com uma gravidez não planejada e,
para piorar, a protagonista não faz a menor ideia de quem é o pai. O filme
tinha tudo para ser apenas uma esticada forçada no enredo que parecia já ter se
esgotado. Mas o talento dos atores, tanto de Renné Zwelleger como Colin Firth,
faz com que o filme renda um momento de entretenimento que vale à pena
aproveitar. É nítido que os atores estão se divertindo em cena, provando que
mesmo os mais talentosos podem se dar ao luxo de fazer um trabalho leve, para
entreter as massas, sem se preocupar com a crítica. O filme é divertido e
acerta em cheio ao tratar dos dramas das mulheres na faixa dos 40 anos, com bom
humor e de um jeito bem politicamente incorreto.
Já o filme
O mestre dos gênios (2016) traz Colin Firth em um drama biográfico. O ator vive
Maxwell Perkins, o famoso editor de escritores como Ernest Hemingway, F. Scott
Fitzgerald e Thomas Wolfe, vivido no longa com mais destaque por Jude Law. O
enredo apresenta a maneira peculiar com que Perkins editava os livros e sugere
que a grandeza das histórias desses autores estava na influência do
editor sobre o trabalho dos romancistas e funcionava como uma espécie de mentor
para eles. Foi Perkins que descobriu o talento desses artistas, quando ainda
eram completos desconhecidos. O filme se passa nos anos 30, com uma bela
recriação de época e um trabalho afinado do diretor de teatro Michael Grandage,
que está a frente de sua primeira produção para o cinema. O longa, que tem ainda Nicole Kidman, Laura Linney e Guy Pearce, deve estrear no final deste mês.
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