Por Dora Carvalho
Com tantas
estreias de cinema e séries, ficou difícil colocar em dia todas as novidades. O
mês de julho então fica oficialmente declarado o período das maratonas. E o
início foi auspicioso, porque finalmente consegui assistir a quarta temporada
de Sherlock.
O sucesso
das temporadas anteriores, definitivamente, foi apenas mais combustível para os
produtores Steven Moffat e Mark Gatiss tornarem a trama ainda mais genial.
Quando
imaginamos que a produção da BBC poderia perder um pouco o fôlego, ainda mais por ter
pausas tão longas entre uma temporada e outra, a quarta fase de Sherlock nos
surpreende com um roteiro ainda mais veloz, experimental e que rompe com tudo aquilo
que pode-se imaginar para uma produção de TV – roteiro não linear, cenas de
flashback e passagens de tempo que o espectador mais desavisado pode até pensar
que a trama está querendo fazer alguma espécie de pegadinha com os fãs. Afinal,
o que de fato aconteceu com Moriarty? Os produtores desconversam, mas a todo
momento a trama ensaia uma reviravolta na conclusão da história do maior
inimigo de Sherlock. Será que ele volta para a trama? Mas, não importa. O roteiro é tão sensacional que de alguma maneira Moriarty nos assombra.
Mais uma
vez, são três episódios de cerca de 1h30 cada: As seis Thatchers, O detetive
mentiroso e O problema final.
Benedict Cumberbatch
(Sherlock) desta vez tem que lidar não apenas com a solução das investigações,
mas com os próprios monstros pessoais e a insatisfação dos amigos mais próximos
com o comportamento sempre arredio do detetive. John Watson e Mycroft Holmes
são os mais afetados pelos delírios de Sherlock. Mas o destaque mesmo é a
participação das personagens femininas na série. Paro por aqui, porque o resto
seria spoiler.
A trama
também começa a desvendar alguns mistérios lançados em episódios anteriores,
entretanto, apresenta outros enigmas, o que pode até sugerir uma quinta
temporada. Os produtores, porém, são evasivos em relação a isso e, em diversas
entrevistas, ora dizem que a série chegou ao final ora indicam que novos
episódios poderão ser rodados. Filmes especiais também não foram descartados.
O fato é
que uma série tão boa e que cativa fãs ao redor do mundo não pode acabar tão
cedo, porque enredo para continuar não falta. Sherlock é a série do Netflix com
maior número de espectadores, segundo o site Sherlock Brasil, seguida da série
Friends, uma produção dos anos 90.
Só a
vontade dos produtores rodarem outros formatos é que pode colocar fim em Sherlock.
Há uma clara intenção de criar uma série que tenha como inspiração Drácula, de
Bram Stoker. Só não se sabe ainda se algo de época ou com os moldes
contemporâneos, como aconteceu com Sherlock. A notícia causou alvoroço e a
expectativa de concretização só aumenta. Seja Sherlock ou Drácula, para os fãs,
só resta esperar.
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