sábado, 13 de junho de 2015

Spader: no topo, de onde nunca devia ter saído

Por Vilma Pavani 

James Todd Spader é um daqueles atores que seguram qualquer parada, mas raramente é reconhecido pelo grande público como o ótimo ator que é, apesar de já ter vencido o Emmy e o Globo de Ouro. Nascido em 1960 em Boston, Massachusetts, EUA, é capaz de fazer (bem) tanto o galã de comédias românticas quanto papéis excêntricos ou perturbadores. Estreou em 1981, em Amor sem fim e se deu bem ao fazer o “vilão” de A Garota de Rosa Shocking, em 1986, quando ganhou fôlego para saltos mais altos. Em 1987 fez Wall Street: Poder e Cobiça, e em 1989 ganhou prêmio de melhor ator em Cannes com o cult Sexo, Mentiras e Videotape, de Steven Soderberg. Talvez aí tenha começado a se especializar em personagens complicados, cínicos e até bizarros, caso de Secretária, uma história sadomasoquista perturbadora, que bota 50 Tons de Cinza no chinelo. Ou no chinelo do chinelo. Particularmente, fui e sou fã de uma série de TV – Boston Legal, que aqui se chamou Justiça sem Limites - em que Spader formava uma dupla de advogados juntamente com o famoso “capitão Kirk”, William Shatner. Divertida e irônica, a série durou de 2004 a 2008, com cinco temporadas. Só não durou mais, eu acho, porque era inteligente demais e abordava temas espinhosos demais (como eutanásia ou pena de morte) para o gosto médio americano.
Depois disso, Spader fez algumas bobagens irrelevantes no cinema. Mais velho e mais gordo, parecia condenado a papéis menores, até que algum iluminado o chamou para fazer a série “The Blacklist”, uma aposta de peso da NBC americana e em que ele faz Raymond "Red" Reddington, um gênio do crime procurado pelo FBI e que decide se entregar às autoridades com uma lista de desafetos que pretende exterminar.
O misterioso personagem conquistou de cara o público, com seu humor negro e aquele charme perturbador de que só Spader seria capaz . Apesar de alguns atores insossos, a série funciona, graças ao ator, e vai muito bem, obrigada.
Spader é um dos “sortudos” que souberam aproveitar as chances abertas pela TV nos últimos anos, com suas séries bem feitas e que oferecem um produto bem melhor do que o atual cinema comercial americano, que anda chato de fazer dó. Mas ao mesmo tempo, aproveitou também a onda de super-heróis da Marvel e está nas telonas como o vilaníssimo Ultron em Os Vingadores: a era de Ultron. Uma curiosidade: no primeiro dia de James Spader no set, o elenco ficou tão impressionado com sua performance, que aplaudiu e torceu pelo ator logo após a primeira tomada.
Outra curiosidade é que Spader sofre de um problema de vista que o impede de usar lentes de contato. Assim, quando não pode usar óculos, diz ele que só enxerga os colegas de muito perto e em borrões. Não faz mal... importante é que NÓS o enxerguemos, certo?







Vilma Pavani já foi míope e entende como é difícil fazer qualquer coisa sem óculos. Mas entende que a vantagem é não ter de enxergar, se não quiser, o bando de chatos que sempre existem em torno da vida da gente.

Um comentário:

  1. Pronto, agora vou ter que assistir!!! Cada post de vocês dá vontade de assistir às indicações... Assim fica difícil!!! Rsrs...

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