sábado, 8 de julho de 2017

Férias, frio e Sherlock

Por Dora Carvalho


Com tantas estreias de cinema e séries, ficou difícil colocar em dia todas as novidades. O mês de julho então fica oficialmente declarado o período das maratonas. E o início foi auspicioso, porque finalmente consegui assistir a quarta temporada de Sherlock.
O sucesso das temporadas anteriores, definitivamente, foi apenas mais combustível para os produtores Steven Moffat e Mark Gatiss tornarem a trama ainda mais genial.
Quando imaginamos que a produção da BBC poderia perder um pouco o fôlego, ainda mais por ter pausas tão longas entre uma temporada e outra, a quarta fase de Sherlock nos surpreende com um roteiro ainda mais veloz, experimental e que rompe com tudo aquilo que pode-se imaginar para uma produção de TV – roteiro não linear, cenas de flashback e passagens de tempo que o espectador mais desavisado pode até pensar que a trama está querendo fazer alguma espécie de pegadinha com os fãs. Afinal, o que de fato aconteceu com Moriarty? Os produtores desconversam, mas a todo momento a trama ensaia uma reviravolta na conclusão da história do maior inimigo de Sherlock. Será que ele volta para a trama? Mas, não importa. O roteiro é tão sensacional que de alguma maneira Moriarty nos assombra.
Mais uma vez, são três episódios de cerca de 1h30 cada: As seis Thatchers, O detetive mentiroso e O problema final.
Benedict Cumberbatch (Sherlock) desta vez tem que lidar não apenas com a solução das investigações, mas com os próprios monstros pessoais e a insatisfação dos amigos mais próximos com o comportamento sempre arredio do detetive. John Watson e Mycroft Holmes são os mais afetados pelos delírios de Sherlock. Mas o destaque mesmo é a participação das personagens femininas na série. Paro por aqui, porque o resto seria spoiler.
A trama também começa a desvendar alguns mistérios lançados em episódios anteriores, entretanto, apresenta outros enigmas, o que pode até sugerir uma quinta temporada. Os produtores, porém, são evasivos em relação a isso e, em diversas entrevistas, ora dizem que a série chegou ao final ora indicam que novos episódios poderão ser rodados. Filmes especiais também não foram descartados.
O fato é que uma série tão boa e que cativa fãs ao redor do mundo não pode acabar tão cedo, porque enredo para continuar não falta. Sherlock é a série do Netflix com maior número de espectadores, segundo o site Sherlock Brasil, seguida da série Friends, uma produção dos anos 90.

Só a vontade dos produtores rodarem outros formatos é que pode colocar fim em Sherlock. Há uma clara intenção de criar uma série que tenha como inspiração Drácula, de Bram Stoker. Só não se sabe ainda se algo de época ou com os moldes contemporâneos, como aconteceu com Sherlock. A notícia causou alvoroço e a expectativa de concretização só aumenta. Seja Sherlock ou Drácula, para os fãs, só resta esperar.  


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