Por Dora Carvalho
Quando se fala em filmes românticos, dificilmente consigo
deixar de fazer uma lista de clássicos do cinema. Ainda mais em um final de
semana que temos a rara combinação de muito frio e Dia dos Namorados. Esses
filmes, por mais que tenham décadas de existência, parecem guardar uma
originalidade que nunca perdem o tom de novidade e a capacidade de emocionar,
seja para derramar algumas lágrimas ou dar muitas risadas. E nem precisa
assistir a dois, porque o final de semana pede uma sessão nostálgica até com a
família. E também ninguém quer só clichês, então, segue uma lista bem variada.
A dama e o vagabundo
Este filme de 1955 parece ter se eternizado na memória de
muitas crianças e adultos. Foi o primeiro filme animado feito em widescreen
pela Walt Disney. O enredo conta a história da pequena cocker spaniel Lady, que
ao se perder dos seus donos, encontra apoio em um cachorro de rua, o Vagabundo.
A clássica cena do espaguete é considerada até hoje uma das mais românticas do
cinema.
Bonequinha de Luxo
Holly Golightly vivida por Audrey Hepburn é uma personagem inesquecível. O longa
adaptado do livro de Truman Capote tem tantas cenas incríveis e é tão bonito
que fica impossível fazer apenas uma sinopse. E não tinha lá tanta intenção romântica, mas é pura poesia. O filme é de 1961 e recebeu cinco
indicações ao Oscar, mas venceu em duas: melhor canção, com Moon River, e
melhor trilha sonora original, produzida por Henri Mancini. Só posso dizer uma
coisa: a cena final é uma das mais lindas que já vi no cinema.
Ladrão de casaca
Como sinto falta da beleza e elegância dos atores de filmes
antigos. O charme de Cary Grant no papel de o “Gato” é de suspirar. Ele faz o
bon vivant e ladrão de joias John Robie, que precisa fugir das autoridades da
Riviera Francesa por um crime que jura não ter cometido. Para se safar da
cadeia, aproveita a elegância da bela Frances Hayes, vivida por Grace Kelly. O longa de
1955 foi dirigido por Alfred Hitchcock e é considerado um filme de suspense.
Mas para mim é um desfile de beldades...
Casablanca
Humphrey Bogart e Ingrid Bergman protagonizaram em 1942 a
cena final que, sem dúvida, está entre as dez melhores do cinema. Recebeu oito
indicações ao Oscar e venceu três: melhor filme, diretor e roteiro adaptado.
As pontes de Madison
Mais um filme de grandes atores: Meryl Streep e Clint
Eastwood e ainda uma história bem construída e que foge do óbvio. O resultado é
um drama romântico daqueles de ficar horas se perguntando depois “e se...?”. O
longa foi produzido por Clint Eastwood em 1995. E ele mesmo interpreta um fotógrafo
da National Geografic que vai para a pequena cidade de Madison fazer fotos das
antigas pontes da cidade. Lá, conhece Francesca, uma dona de casa italiana.
Antes do Amanhecer, Antes do pôr do sol e Antes da
meia-noite
O diretor Richard Linklater fez, em 1995, um filme sobre
encontros fortuitos, que geram consequências que ficam pairando por anos na
vida dos protagonistas. E não deixou os telespectadores sem resposta. Em 2004,
fez Ethan Hawke e Julie Delpy, os mesmos atores do primeiro longa se reencontrarem.
Podia ter parado por aí, mas decidiu fazer Antes da meia-noite em 2013 que, na
minha opinião, não tinha a menor necessidade. Mas os dois primeiros valem tanto
que o último nem precisa ser visto.
Wall-E
O longa de animação de 2008 tem um inusitado e doce encontro
dos robozinhos mais fofos do cinema. As aventuras de Wall-E e da robô EVA mudam
o destino da humanidade e nos convidam a refletir sobre que futuro queremos
para todos.
Orgulho e Preconceito
O clássico da literatura escrito por Jane Austen teve
diversas adaptações e a mais recente é a de 2005, digirida por Joe Wright.
Keira Knightley vive a heroína Elizabeth Bennet e Mr. Darcy é interpretado por
Matthew Macfadyen. Tudo neste filme está nos detalhes: os ângulos, a fotografia, os olhares e as interpretações dos atores.