segunda-feira, 1 de junho de 2015

Em alta pulsação: Whiplash

Por André Armiliato

Ao sair do cinema minha pulsação estava acelerada, tive que parar por um tempo e recuperar o fôlego, e isso foi pra mim a maior prova de que Whiplash (2014) é um filme espetacular!
O ritmo acelerado me manteve preso a tela do começo ao fim, como se eu quisesse estar no lugar do garoto Andrew Neyman (Miles Teller), o jovem baterista que tem um sonho ambicioso: ser um dos grandes do jazz. E isso traz uma proximidade muito grande com muitos de nós, que também temos nossos próprios sonhos e lutamos por eles. Quem dera tivéssemos toda a determinação de Andrew, que tem que “enfrentar” o carrasco maestro Terence Fletcher (J.K Simmons) para prosseguir com sua carreira, e por isso deixa de lado sua vida pessoal, focando todas suas forças em seu objetivo. Com esses dois personagens bem caracterizados, e com atuações espetaculares, o filme tem cenas sufocantes, em que Andrew é pressionado por Fletcher além de seus limites.
Essa discussão de “limites” é tratada no filme de uma maneira muito interessante, sempre deixando a pergunta: até que ponto alguém deve ser pressionado para buscar a perfeição?

Vale lembrar que a trilha sonora acompanha o filme quase que como um personagem, ajudando a contar essa história, sendo muito bem explorada na cena final do filme, onde os personagens quase não têm falas, mas conseguem se expressar usando a música. Cena muito bem dirigida e que pouco se vê no cinema hoje em dia.







André Armiliato é estudante, tem 16 anos, toca bateria e violoncelo.

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